domingo, 18 de dezembro de 2016

O corpo fala e se expressa.


Há muitas teorias sobre o que é e o que significa o “flamenco”. No geral, se define como “uma expressão artística de um povo, os ciganos”.  Por meio desta forma de expressão artística, estes povos exteriorizam pelo canto, música  e dança sua vida, história, costumes, emoções e sentimentos. Então flamenco não é só dança? Não. Representa para estes povos uma maneira de ver, sentir e expressar seu mundo, seus valores, sua cultura e celebrar a vida.
É fácil falar sobre o “Flamenco”. Poderia ficar horas, dias, meses aqui explorando este tema. Difícil é praticar esta arte. Porque é preciso entender esta cultura para se expressar e dançar. É uma modalidade de dança que exige muita prática, disciplina, esforço, energia, entrega e sentimento durante o aprendizado e adestramento corporal para improvisar e criar um baile.

Me apaixonei pela dança flamenca ao assistir o filme “Carmen” dirigido por Carlos Saura. Fiquei encantada e fascinada pela beleza plástica, energia e dificuldades técnicas que esta dança exigia de seus admiradores e profissionais.Então, escolhi o flamenco para minha educação e desenvolvimento corporal. Porque é uma dança étnica popular que valoriza a espontaneidade, a improvisação e a criatividade do indivíduo.

O “flamenco” surgiu em minha vida, me dando possibilidades expressivas e estéticas de desenvolver com maior força e criatividade, “qualidades dramáticas e corporais” que seriam indispensáveis ao meu trabalho como atriz: autoconsciência, autonomia, espontaneidade, concentração, observação, capacidade de escutar, maior consciência corporal, confiança, percepção espacial, coordenação motora, correção postural e prontidão para o movimento. A “técnica flamenca” tem sido muito útil no meu preparo corporal para a interpretação. Praticando a dança com regularidade, enriqueci minha expressividade, tornando meu corpo mais sensível, aberto e receptivo a estímulos que o rodeiam dentro e fora do palco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário